sexta-feira, 26 de junho de 2015

DOENÇA DE PARKINSON

O nosso cérebro não é responsável apenas pelos nossos pensamentos e raciocínios, todo movimento que fazemos, desde um simples piscar de olhos até o ato de andar, nasce de uma ordem vinda do sistema nervoso central, que através de neurotransmissores chega ao seu destino final, os músculos.

A doença de Parkinson também conhecida como mal de Parkinson, foi descrita pelo médico James Parkinson em 1817. Essa doença é caracterizada pelos sintomas de tremor de repouso, rigidez, bradicinesia (lentidão anormal dos movimentos) e instabilidade corporal.  O tremor manifesta-se principalmente nas extremidades, quando elas estão paradas, e diminui com a movimentação. A rigidez resulta de uma hipertonia (aumento anormal do tônus muscular). Há uma grande dificuldade para se dar o inicio aos movimentos – instabilidade postural.
Um grupo de células cerebrais, chamado de neurônios dopaminérgicos, são responsáveis pela produção de dopamina, um neurotransmissor que age no controle dos movimentos finos e coordenados.Há uma diminuição de dopamina nos neurônios que a utilizam como transmissor. Desse modo, cessa a atividade moduladora que essas fibras exercem sobre o circuito, motor básico, permitindo o domínio da atividade colininégica (excitatória). Portanto essa doença se caracteriza pela destruição destes neurônios, levando a uma escassez de dopamina no sistema nervoso central e, consequentemente, a um distúrbio dos movimentos.
Quanto maior a faixa etária, maior a incidência da doença de Parkinson. De acordo com as estatísticas, na grande maioria dos pacientes, ela surge a partir dos 55, 60 anos e sua prevalência aumenta a partir dos 70, 75 anos.

Sintomas
Os sintomas da doença de Parkinson variam de um paciente para o outro. Em geral, no início, eles se apresentam de maneira lenta, insidiosa, e o paciente tem dificuldade de precisar a época em que apareceram pela primeira vez.
A lentificação dos movimentos e os tremores nas extremidades das mãos, muitas vezes notados apenas pelos amigos e familiares, costumam ser os primeiros sinais da doença. A diminuição do tamanho das letras ao escrever é outra característica importante.
Outros sintomas podem estar associados ao início da doença: rigidez muscular; acinesia (redução da quantidade de movimentos), distúrbios da fala, dificuldade para engolir, depressão, dores, tontura e distúrbios do sono, respiratórios, urinários.

Tratamento
O tratamento pode ser medicamentoso, psicoterápico e até cirúrgico em alguns casos.
O tratamento medicamentoso é feito à base de drogas neuroprotetoras que visam a evitar a diminuição progressiva de dopamina, neurotransmissor responsável pela transmissão de sinais na cadeia de circuitos nervosos.
O tratamento psicoterápico ocorre em função da depressão, perda de memória e do aparecimento de demências e pode incluir a prescrição de medicamentos antidepressivos e de outros psicotrópicos.
Em um estudo antigo, realizado entre 1949-1964, a proporção dos pacientes que encontravam-se incapacitados ou mortos dentro do prazo de cinco anos após o início da doença era de 25%. Esse número aumentou para 67% em 9 anos, e para 80% entre os pacientes com doença há cerca de 14 anos. O estudo também identificou a existência de um pequeno grupo de pacientes que  apresentavam uma progressão lenta, mantendo o equilíbrio, estabilidade postural e ausência de incapacidade grave mesmo após mais de 20 anos de doença.
Um estudo semelhante foi realizado entre 2000 e 2012 e identificou complicações, como demência, incapacidade física ou morte em cerca de 77% dos pacientes com cerca de 10 anos de doença.

Portanto, o mal de Parkinson é uma doença que deve ser vista com certo cuidado pelos profissionais da saúde, para que esses pacientes possam levar uma vida mais normal possível.




Para saber mais acesse o site do programa bem estar da globo : 

http://globotv.globo.com/rede-globo/bem-estar/v/conheca-os-sintomas-do-mal-de-parkinson/3573231/

https://www.youtube.com/watch?v=Ankapx8EJMg




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